ESPECIFICAÇÕES GERAIS:
FIOS
Classificados por sua espessura em uma medida chamada “dernier”. Ex.: 20.1, 24.1, 26.1, 30.1, 40.1, 50.1. Quanto mais alto é o número do fio, mais fino ele é.
Os fios 40.1 e 50.1, por exemplo, são muito empregados na indústria de lingerie, na fabricação de soutiens, calcinhas e cuecas de marcas sofisticadas e caras, simulando uma segunda pele.
O fio 30.1 é muito usado em camisetas por ser o de produção mais simples, com farta oferta deste tipo de fio no mercado e por equipamentos – teares – presentes em larga escala nas malharias, não indicando, sozinho, a qualidade final do produto. Com qualquer fio entre 20.1 e 30.1 pode-se produzir camisetas tanto de boa quanto de má qualidade.
TIPOS DE MALHA:
CARDADA
Toda malha ao ficar pronta recebe o nome de cardada. Sem passar por nenhum beneficiamento adicional, sua qualidade estará diretamente ligada aos cuidados e controles no processo de fabricação.
MERCERIZADA
Recurso utilizado para tornar a malha cardada mais resistente à torção, retira os excessos de pêlos e bolinhas conferindo um certo brilho no produto final. É um processo barato, normalmente aplicado através de banho da malha em solução de soda cáustica em alta temperatura e posteiror queima em equipamento apropriado. Este tipo de acabamento não é muito durável, sua beleza inicial se perde após as primeiras lavadas.
PENTEADA
É o melhor processo de beneficiamento em uso atualmente. Como o nome indica, a malha passa por máquinas equipadas com “pentes” que, além de retirar todas as impurezas ainda presentes no algodão, tornam o tecido mais resistente à torção, mais macio, confortável e bonito por muito mais tempo. Por sua durabilidade compensa o custo um pouco mais elevado.
GRAMATURA
Item fundamental na percepção de qualidade pelo usuário, é o que indica o peso da malha, se ela é rala ou encorpada. Expressa em gramas por metro quadrado (p.xe.: 160 g/m2)
As gramaturas mais usadas são:
· 130 g/m2 – malha muito leve, usada principalmente em campanhas políticas.
· 140 ou 145 g/m2 – malha intermediária, de baixo custo, ideal para ações com larga distribuição.
· 160 g/m2 – malha padrão do mercado promocional apresenta boa relação custo/benifício. Aqui a orígem, a procedência é muito importante pois é comum, em alguns fornecedores de malha, a indicação de 160 gramas quando o produto tem, em média 150.
· 180 g/m2 – malha de primeira linha, cujo custo um pouco mais elevado a recomenda para ações em que o público alvo seja mais exigente ou diferenciado.
· 200 g/m2 – malha bastante encorpada, quase sempre destinada à exportação e para os estados do sul do Brasil onde o frio seja mais rigoroso.
· 210 g/m2 - gramatura padrão para malha piquet, usada na confecção de camisa pólo.
COMPOSIÇÃO:
As malhas podem ser:
Fabricadas com fio 100% algodão (natural, mais confortáveis permitindo a transpiração normal do corpo humano)
Compostas por uma combinação de fios naturais (algodão) e sintéticos (poliester ou viscose) Ex.: as chamadas malhas Bali ou Fria. Dão a impressão de frescor mas, além de dificultar a respiração da pele, esquentam muito quando expostas ao sol.
Há, ainda, a chamada “malha ecológica” que mescla fio 100% algodão com um fio sintético produzido a partir da reciclagem de garrafas pet. Macias e com a mesma aparência de uma malha de algodão agregam um forte apelo de preservação ambiental.
PROCEDÊNCIA
Tão importante quanto o tipo de malha, a procedência garante a qualidade do produto.
Grandes fabricantes controlam todo o processo de fabricação com laboratórios de controle de qualidade em todas as etapas, com resultados evidentes na padronização da produção.
Dificilmente estas empresas utilizam a mercerização.
Uma camiseta cardada de uma empresa que produza a própria malha será, quase sempre, melhor que a camiseta de uma confecção que compre malhas de terceiros, e sem identificação de origem.
